À Minha Terra !
(No momento de avista-la depois de uma viagem.)
De leite o mar - lá desponta
Entre as vagas sussurrando
A terãra em que scismando
Vejo ao longe branquejar!
É baça e proeminente,
Tem d''África o sol ardente,
Que sobre a areia fervente
Vem-me a mente acalentar.
Debaixo do fogo intenso,
Onde só brilha formosa,
Sinto n''alma fervorosa
O desejo de a abraçar:
É a minha terra querida,
Toda d''alma. - toda - vida,
Qu''entre gozos foi fruida
Sem temores, nem pesar.
Bem vinda sejas ó terra,
Minha terra primorosa,
Despe as gaias - que vaidosa
Antes mim queres mostrar:
Mesmo simples teus fulgores,
Os teus montes tem primores,
Que às vezes fallam de amores
A quem os sabe adorar!
Navega pois, meu madeiro
Nestas águas d''esmeraldas,
Vae junto do monte às faldas
Nessas praias a brilhar!
Vae mirar a natureza.
Da minha terra a belleza,
Que é singella, e sem fereza
Nesses plainos d''além-mar!
De leite o mar, - eis desponta
Lá na extrema do horizonte,
Entre as vagas - alto monte
Da minha terra natal;
É pobre - mas tão formosa
Em alcantis primorosa,
Quando brilha radiosa,
No mundo não tem igual!
José da Silva Maia Ferreira
Poeta angolano - 07-06-1827
(No momento de avista-la depois de uma viagem.)
De leite o mar - lá desponta
Entre as vagas sussurrando
A terãra em que scismando
Vejo ao longe branquejar!
É baça e proeminente,
Tem d''África o sol ardente,
Que sobre a areia fervente
Vem-me a mente acalentar.
Debaixo do fogo intenso,
Onde só brilha formosa,
Sinto n''alma fervorosa
O desejo de a abraçar:
É a minha terra querida,
Toda d''alma. - toda - vida,
Qu''entre gozos foi fruida
Sem temores, nem pesar.
Bem vinda sejas ó terra,
Minha terra primorosa,
Despe as gaias - que vaidosa
Antes mim queres mostrar:
Mesmo simples teus fulgores,
Os teus montes tem primores,
Que às vezes fallam de amores
A quem os sabe adorar!
Navega pois, meu madeiro
Nestas águas d''esmeraldas,
Vae junto do monte às faldas
Nessas praias a brilhar!
Vae mirar a natureza.
Da minha terra a belleza,
Que é singella, e sem fereza
Nesses plainos d''além-mar!
De leite o mar, - eis desponta
Lá na extrema do horizonte,
Entre as vagas - alto monte
Da minha terra natal;
É pobre - mas tão formosa
Em alcantis primorosa,
Quando brilha radiosa,
No mundo não tem igual!
José da Silva Maia Ferreira
Poeta angolano - 07-06-1827
josé...
ResponderExcluireu q moro fora de minha terra natal há tantos anos..
me vi um pouco em seu texto...a observar e admirar minha terra amada..e longinqua...
parabens..lindo texto!